17 de março de 2011
A inchada. (enxada)
D.Mariínha desperta avexada. Enfia os pés nos chinelos e levanta-se esbaforida, despreguiça-se vagarosamente. Enfrente a bica inclina a cabeça e com a palma de uma mão lava o rosto, leva um pouquinho de água a boca joga pra lá e pra cá, faz um breve gargarejo, escova os poucos dentes. Arruma os cabelos prendendo- os com um lenço verde. Tomado às pressas bebe um golinho de café meio amargo.
Sai levando no embornal uma bóia- fria e uma broa de milho, que ofertará para a comadre Alzira.
Andando em meios aos gravetos vai tropeçando aqui e ali, depois de uma longa caminhada suavizada apenas com as rezas, ela vai cantarolando e lembrando-se de todos os que moram no seu coração.
Avista a comadre Alzira que também vai chegando ao lugar combinado, contente cumprimenta.
_ Dia cumadre Alzira.
_ Dia cumadre, já vou logo agradicendo a ajuda qui a cumadre vai mi da na roça.D.Mariínha imóvel e perplexa exclama.
_ Santo Deus! Isquici da inchada.
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Esse linguajar do matuto é algo muito familiar nos recantos do Brasil. Achei maravilhoso o conto. Parabéns! Abração.
ResponderExcluirQue viagem agora fiz ao sertão, palavra que até hoje vagam em meus ouvidos... tempos idos; coisa que guardo nítido na minha memória, lá pras bamdas do meus sertão. Belo versejar minha amiga.
ResponderExcluirSó mesmo uma picareta para esquecer da enxada.hahahaha. Desculpe o tracadilho, foi para brincar um pouco. Abração, Paz e bem
ResponderExcluirQue coisa linda,nuvem! Muito legal! Tive que rir com o comentário do Cacá!rsrs beijos,chi8ca
ResponderExcluirNuvem...Adorei teu espaço e esse arco-íris de poesia e vida...Grande abraço.
ResponderExcluirô beleza de texto...saudade da minha nuvenzinha linda...vim deixar bju
ResponderExcluirAh, que saudade deste tipo que tanto vi na minha infancia, mas esta comadi deve comer muito queijo para ser tão esquecida,kkk.Belo conto Nuvem,adorei.
ResponderExcluirMeu abração.
森林の雲は、幻想的で想像力をかきたてる。
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